domingo, 10 de setembro de 2017

Esquerda ou direita? A escolha determina o seu futuro.

Se o esquerdista prega fuzilar a burguesia, é revolução. Se o direitista diz que revolucionário se lida com polícia, é ditadura e apologia à tortura.
Se o esquerdista pergunta onde estão as mulheres de grelo duro, é empoderamento. Se o direitista defende modos e respeito com a mulher, é machismo patriarcal.
Se o esquerdista proclama o "orgulho gay", é direito das minorias. Se o direitista descreve o sexo gay e suas conseqüências biológicas, é homofobia obscurantista e caso de cadeia.
Se o esquerdista relativiza uma religião que submete a mulher a usar burca, ser obediente, satisfazer sempre o marido sexualmente e ocasionalmente ser espancada, é multiculturalismo. Se o direitista prefere uma cultura onde a mulher possa vestir biquini, dirigir, trabalhar fora, ter sua própria vida (inclusive sexual) e que a força masculina tenha a obrigação moral de defender a mulher, é islamofobia xenofóbica preconceituosa. E machismo patriarcal.
Se o esquerdista defende uma nação inventada por anti-semitas amigos de Adolf Hitler apenas para tomar terras de judeus, que estavam ali assentados por 5 milênios, é auto-organização dos povos. Se o direitista defende Israel, é opressão. E nazismo.
Se o esquerdista defende que homens entrem com a bironga à mão no banheiro das mulheres, são direitos transexuais. Se o direitista defende que jaramaralho vá ao banheiro do jaramaralho para proteger quem costuma ser vítima de estupro, é machismo patriarcal preconceituoso homofóbico transfóbico genderfluidfóbico.
Se o esquerdista defende o estuprador, é que o crime tem causas muito complexas que não podem ser reduzidas a uma discussão de Twitter e temos de reformar a sociedade. Se o direitista quer penas pesadas para o estuprador, é apologia ao estupro.
Se o esquerdista sente saudade do tempo em que os rapazes de 15 já tinham tido experiências sexuais com cabras, é engraçado. Se o direitista diz que... bom, o direitista não diz.
Se o esquerdista em entrevista à Playboy cita quem mais admira além de Lênin e Mao, e lembra de cara de Adolf Hitler, é democracia e direitos humanos. Se o direitista tem como ídolos Churchill e Reagan, é nazismo. Que é de direita.
Se o esquerdista diz que tem saudade dos fuzilamentos stalinistas, é piadinha e esquete de humor saudável. Se o direitista defende a liberdade de expressão inclusive para aqueles de quem discordam, é discurso de ódio e vontade de censurar através da ditadura militar que os direitistas sempre escondem que defendem.
Se o esquerdista defende que gays têm de votar na esquerda, é respeito à pluralidade e defesa das minorias. Se o Ney Matogrosso diz que o PT tinha um projeto de poder e a corrupção foi um meio para arrecadar fundos, ele é uma bicha velha esclerosada (sic).
Se o esquerdista escreve "Fora Temer", sem vírgula, é profundo pensamento acadêmico refletido e cuidadosamente burilado após décadas de estudo contra a narrativa da mídia. Se o direitista diz "Vai pra Cuba", é clichê que o esquerdista não precisa responder, muito menos pensar sobre coerência, moral e princípios.
Você realmente acha que a esquerda defende qualquer coisa do que diz defender, sem notar que é um discurso pega-trouxa (e 102% voltado para adolescentes com muita puberdade e pouco detalhismo na reflexão) só para conquistar o poder?
Um dos lados se preocupa com o imaginário e com palavras fáceis para mobilizar gente inconscientemente. O outro está preocupado com problemas reais, e soluções concretas para melhorar a situação social, sem se preocupar com os xingamentos que os midiáticos e as celebridades vão lhe impingir.
A escolha determina o seu futuro. 

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